ODE À CARNE
JOTA NIL
(Tácito Silveira da Mota)
Por quem esperas?
Não vês que é tarde,
a noite desce rápida.
Tu estas só...
Vem a meus braços,
onde a ternura mora
e o amor se acende
nesta demora.
Tu estas só...
Por quem esperas?
Dá-me no teu amplexo
o teu corpo de virgem
para a consumação
desta virilidade
já em vertigem.
Tu estás só...
Por quem esperas?
Quero esmagar teus lábios
em meus beiços carnudos
mulher quente de sol!
Tu estás só...
Por quem esperas?
Quero sentir heris
os teus pequenos seios
em meu peito peludo!
Tu estás só...
Por quem esperas?
Quero sentir o mundo
parar num espasmo de gozo
na posse dessa carne
fremente de desejo...
num minuto ditoso.
Tu estás só...
Por quem esperas?
Vem a meus braços
e depois quando fores,
da luxúria enojada,
- a minha carne insatisfeita
repousará cansada...
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